BapAmarante

A primeira edição da Bienal de Artes Performativas de Amarante acontece em junho

A ter lugar entre 7 e 16 de junho deste ano em  Amarante, Vila Meã e Travanca, a primeira edição da Bienal de Artes Performativas de Amarante – BapAmarante pretende relacionar a arte com a educação e o pensamento. Congregando uma programação de espetáculos, oficinas com a comunidade e espaços de reflexão, a Bienal propõe-se a ser uma celebração da arte ao vivo e um espaço de convergência artística que transcende fronteiras. 

Em destaque na programação, a estreia absoluta de Amanhã de Ontem de Gustavo Ciríaco, uma reflexão sobre as artes performativas e os processos de cognição humana que explora as diferentes camadas da nossa aprendizagem do mundo. Em estreia nacional, Mutter de Bernardo San Rafael, uma instalação e performance de dança que explora a distância social e as tensões culturais e políticas nas relações humanas contemporâneas. O programa do evento inclui ainda: Aqui enquanto caminhamos de Gustavo Ciríaco e Andrea Sonnberger, uma caminhada performativa pela cidade de Amarante, e NuMeio – Bailão de Filipa Francisco, uma obra que reflete sobre o amor, os desencontros e o quotidiano através do fado e da música.

Além dos espetáculos, a Bienal oferecerá atividades complementares como oficinas artísticas, debates, e mostras de projetos artísticos em desenvolvimento, promovendo um ambiente de aprendizagem, reflexão e imersão artística. No plano das conversas, a apresentação do livro Práticas Artísticas, Participação e Política de Hugo Cruz e um debate sobre a importância da Bienal no co ntexto da região, BAPAMARANTE, Porquê?. No campo das oficinas artísticas, a bailarina e coreógrafa Gaya de Medeiros trabalhará com um grupo de pessoas seniores em Adiar o Fim. A mesma artista vai ainda partilhar com o público o processo de criação para a sua nova criação, Cafézinho, onde explora a relação com a vida, a depressão, o envelhecimento e o futuro. No mesmo plano, o coreógrafo brasileiro Renan Martins falará Guerrilla, peça onde investiga a possibilidade da dança como espaço de rememorização, para celebrar o trabalho do compositor minimalista, queer e negro, Julius Eastman. 

– Gustavo Monteiro